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# Open Banking Brasil Financial-grade API Security Profile 1.0 Implementers Draft 3
# (open-banking-brasil-financial-api-1_ID3)
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title = "Open Banking Brasil Financial-grade API Security Profile 1.0 Implementers Draft 3"
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keyword = ["FAPI", "Open Banking Brasil GT Security"]
[seriesInfo]
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[[author]]
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.# Prefácio {#Foreword}
The normative version in English
A Estrutura Inicial do Open Banking Brasil (EIOBB) é responsável por criar padrões e especificações necessárias para atender aos requisitos e obrigações da Legislação do Open Banking do Brasil, conforme originalmente delineado pelo Banco Central do Brasil. É possível que alguns dos elementos deste documento estejam sujeitos a direitos autorais ou patenteados. O EIOBB não se responsabiliza pela identificação de qualquer ou todos esses direitos.
O Financial-grade API 1.0 do Open Banking Brasil consiste nas seguintes partes:
- Open Banking Brasil Financial-grade API Security Profile 1.0
- [Open Banking Brasil Dynamic Client Registration Profile 1.0][OBB-FAPI-DCR]
Estas partes são destinados a serem usados com [RFC6749], [RFC6750], [RFC7636], [OIDC], [FAPI-1-Baseline] e [FAPI-1-Advanced]
.# Introdução {#Introduction}
A Financial-grade API do Open Banking Brasil é um perfil OAuth altamente seguro que visa fornecer diretrizes de implementação específicas para segurança e interoperabilidade que podem ser aplicadas a APIs na área de Open Banking do Brasil que requerem um nível de privacidade superior ao fornecido pelo padrão [Financial-grade API Security Profile 1.0 - Part 2: Advanced][FAPI-1-Advanced]. Entre outras melhorias, esta especificação aborda considerações de privacidade identificadas em [FAPI-1-Advanced] que são relevantes nas especificações do Open Banking Brasil, mas não foram, até agora, exigidas por outras jurisdições.
Embora seja possível codificar um provedor de OpenID e parte de confiança a partir dos primeiros princípios usando esta especificação, o público principal para esta especificação são as partes que já possuem uma implementação certificada do [Financial-grade API Security Profile 1.0 - Part 2: Advanced][FAPI-1-Advanced] e deseja obter a certificação para o programa Brasil Open Banking.
.# Convenções Notacionais {#Notational}
As palavras-chave "deve" (shall), "não deve" (shall not), "deveria" (should), "não deveria" (should not) e "pode" (may) presentes nesse documento devem ser interpretadas conforme as diretrizes descritas em [ISO Directive Part 2][ISODIR2] observando seguinte equivalência:
- "deve" => equivalente ao termo "shall" e expressa um requerimento definido no documento (nas traduções é similar ao termo "must", que pode denotar um requerimento externo ao documento);
- "não deve" => equivalente ao termo "shall not" e também expressa um requerimento definido no documento;
- "deveria" e "não deveria"=> equivalente ao termo "should" e "should not" e expressa uma recomendação
- "pode" => equivalente ao termo "may" indica uma permissão
Estas palavras-chave não são usadas como termos de dicionário, de modo que qualquer ocorrência deles deve ser interpretada como palavras-chave e não devem ser interpretados com seus significados de linguagem natural.
{mainmatter}
Este documento especifica o método para os aplicativos
- obterem de maneira segura os tokens OAuth necessários para acesso a dados críticos de acordo com os requisitos do Open Banking Brasil;
- utilizarem o OpenID Connect para identificação do usuário do Open Banking; e
- utilizarem o OpenID Connect para afirmar a identidade do cliente.
Este documento é aplicável a todos os participantes do Open Banking no Brasil.
Os seguintes documentos referenciados são indispensáveis para a adoção das especificações deste documento. Para referências datadas, apenas a edição citada se aplica. Para referências não datadas, deve-se aplicar a última edição do documento referenciado (incluindo quaisquer emendas).
[ISODIR2] - ISO/IEC Directives Part 2 [ISODIR2]: <https://www.iso.org/sites/directives/current/part2/index.xhtml
[RFC6749] - The OAuth 2.0 Authorization Framework [RFC6749]: <https://tools.ietf.org/html/rfc6749
[RFC6750] - The OAuth 2.0 Authorization Framework: Bearer Token Usage [RFC6750]: <https://tools.ietf.org/html/rfc6750
[RFC7636] - Proof Key for Code Exchange by OAuth Public Clients [RFC7636]: <https://tools.ietf.org/html/rfc7636
[RFC6819] - OAuth 2.0 Threat Model and Security Considerations [RFC6819]: <https://tools.ietf.org/html/rfc6819
[RFC7515] - JSON Web Signature (JWS) [RFC7515]:<https://tools.ietf.org/html/rfc7515
[RFC7519] - JSON Web Token (JWT) [RFC7519]:<https://tools.ietf.org/html/rfc7519
[RFC7591] - OAuth 2.0 Dynamic Client Registration Protocol [RFC7591]:<https://tools.ietf.org/html/rfc7591
[RFC7592] - OAuth 2.0 Dynamic Client Registration Management Protocol [RFC7592]:<https://tools.ietf.org/html/rfc7592
[BCP195] - Recommendations for Secure Use of Transport Layer Security (TLS) and Datagram Transport Layer Security (DTLS) [BCP195]: <https://tools.ietf.org/html/bcp195
[OIDC] - OpenID Connect Core 1.0 incorporating errata set 1 [OIDC]: <https://openid.net/specs/openid-connect-core-1_0.html
[FAPI-CIBA] - Financial-grade API: Client Initiated Backchannel Authentication Profile [FAPI-CIBA]: <https://bitbucket.org/openid/fapi/src/master/Financial_API_WD_CIBA.md
[OIDD] - OpenID Connect Discovery 1.0 incorporating errata set 1 [OIDD]: <https://openid.net/specs/openid-connect-discovery-1_0.html
[OIDR] - OpenID Connect Registration 1.0 incorporating errata set 1 [OIDR]: <https://openid.net/specs/openid-connect-registration-1_0.html
[RFC8705] - OAuth 2.0 Mutual TLS Client Authentication and Certificate Bound Access Tokens [RFC8705]: <https://tools.ietf.org/html/rfc8705
[JARM] - Financial-grade API: JWT Secured Authorization Response Mode for OAuth 2.0 (JARM) [JARM]: <https://bitbucket.org/openid/fapi/src/master/Financial_API_JWT_Secured_Authorization_Response_Mode.md
[PAR] - OAuth 2.0 Pushed Authorization Requests [PAR]: <https://tools.ietf.org/html/draft-ietf-oauth-par
[JAR] - OAuth 2.0 JWT Secured Authorization Request [JAR]: <https://tools.ietf.org/html/draft-ietf-oauth-jwsreq
[FAPI-1-Baseline] - Financial-grade API Security Profile 1.0 - Part 1: Baseline [FAPI-1-Baseline]: <https://openid.net/specs/openid-financial-api-part-1-1_0.html
[FAPI-1-Advanced] - Financial-grade API Security Profile 1.0 - Part 2: Advanced [FAPI-1-Advanced]: <https://openid.net/specs/openid-financial-api-part-2-1_0.html
[FAPI-2-Baseline] - Financial-grade API Security Profile 2.0 - Part 1: Baseline [FAPI-2-Baseline]: <https://bitbucket.org/openid/fapi/src/master/FAPI_2_0_Baseline_Profile.md
[LIWP] - OIDF FAPI WG Lodging Intent Working Paper [LIWP]: <https://bitbucket.org/openid/fapi/src/master/Financial_API_Lodging_Intent.md
[OBB-FAPI-DCR] - Open Banking Brasil Financial-grade API Dynamic Client Registration Profile 1.0 [OBB-FAPI-DCR]: <https://openbanking-brasil.github.io/specs-seguranca/open-banking-brasil-dynamic-client-registration-1_ID2.html
[RFC4648] - The Base16, Base32, and Base64 Data Encodings [RFC4648]: <https://tools.ietf.org/html/rfc4648
Para efeitos deste documento, os termos definidos em [RFC6749], [RFC6750], [RFC7636], [OpenID Connect Core][OIDC] e ISO29100 se aplicam.
API - Application Programming Interface (Interface de programação de aplicativo)
EIOBB - Estrutura Inicial do Open Banking Brasil
CSRF - Cross Site Request Forgery
DCR - Registro de cliente dinâmico
FAPI - Financial-grade API
HTTP - Protocolo de transferência de hipertexto
OIDF - OpenID Foundation
REST - Representational State Transfer (Transferência de Estado Representacional)
TLS - Transport Layer Security (Segurança da Camada de Transporte)
MFA - Multi-Factor Authentication (Autenticação por Múltiplos Fatores)
O perfil de segurança do Open Banking Brasil especifica requisitos adicionais de segurança e de identificação para o acesso a API´s com recursos críticos protegidas pelo OAuth 2.0 Authorization Framework, que consiste em [RFC6749], [RFC6750], [RFC7636], [FAPI-1-Baseline], [FAPI-1-Advanced] e outras especificações.
Este perfil descreve as capacidades e os recursos de segurança que devem ser oferecidos por servidores e clientes que são necessários para o Programa do Open Banking Brasil, definindo as medidas para mitigar ou endereçar:
- ataques que abordam considerações de privacidade identificadas na cláusula 9.1 de [FAPI-1 Advanced].
- o requisito de concessão de acesso granular a recursos, com vistas à minimização de dados;
- o requisito de informar sobre o contexto da autenticação do usuário (claim Authentication Context Request - acr) que foi realizada por um Provedor OpenID, com vistas a favorecer o adequado gerenciamento do risco decorrente do acesso do usuário;
- o requisito para que os clientes de API declarem um relacionamento prévio com o usuário, afirmando em uma
claim
de identificação do usuário como parte do fluxo de autorização.
O Open Banking Brasil tem um requisito para endereçar considerações de privacidade que foram identificadas, mas não abordadas na especificação final [FAPI-1-Advanced], sem impor requisitos adicionais aos Servidores de Autorização que estão sendo propostos em [FAPI-2-Baseline].
Os participantes desse ecossistema precisam que os clientes de API solicitem a um provedor openid a confirmação dos valores das claims
de identificação do usuário como parte de uma solicitação de autorização usando o mecanismo definido na cláusula 5.5.1 de [OIDC].
O uso do parâmetro claims
para solicitar a validação de valores de identificação explícitos requer que os clientes de API protejam com criptografia o Request Object para evitar vazamento de informações. Este risco é identificado na cláusula 7.4.1 do [FAPI-1-Baseline].
Além disso, este perfil descreve o escopo específico, valores de acr
e requisitos de gerenciamento de clientes necessários para dar suporte ao ecossistema Open Banking Brasil mais amplo.
Como um perfil do OAuth 2.0 Authorization Framework, este documento exige o seguinte para o perfil de segurança do Open Banking Brasil.
O Servidor de Autorização deve suportar as disposições especificadas na cláusula 5.2.2 de [Financial-grade API Security Profile 1.0 - Parte 2: Advanced] [FAPI-1-Advanced].
Além disso, ele deve:
- deve suportar Request Objects JWE assinados e criptografados passados por valor ou deve exigir requisições do tipo "pushed authorization requests" [PAR];
- deve publicar metadados de descoberta (incluindo a do endpoint de autorização) por meio do documento de metadado especificado em [OIDD] e [RFC8414] (".well-known");
- deve suportar os parâmetros
claims
como definido no item 5.5 do [OpenID Connect Core][OIDC]; - deve suportar o atributo
claim
padrão oidc "cpf" conforme definido no item 5.2.2.2 deste documento; - deve suportar o atributo
claim
padrão oidc "cnpj" conforme definido no item 5.2.2.3 deste documento, se a instituição for detentora de conta para pessoas jurídicas; - deve suportar o atributo
acr
"urn:brasil:openbanking:loa2" como definido no item 5.2.2.4 deste documento; - deveria suportar o atributo
acr
"urn:brasil:openbanking:loa3" como definido no item 5.2.2.4 deste documento; - deve implementar o endpoint "userinfo" como definido no item 5.3 do [OpenID Connect Core][OIDC];
- deve suportar o escopo parametrizável ("parameterized OAuth 2.0 resource scope") consent como definido no item 6.3.1 de [OIDF FAPI WG Lodging Intent Pattern][LIWP];
- pode suportar [Financial-grade API: Client Initiated Backchannel Authentication Profile][FAPI-CIBA];
- (requisito temporariamente retirado);
- deve suportar
refresh tokens
; - deve emitir
access tokens
com o tempo de expiração entre 300 (mínimo) e 900 (máximo) segundos; - deve sempre incluir a claim
acr
no id_token; - deve suportar os valores
code
eid_token
para o atributoresponse_type
; - pode suportar o valor
code
para o atributoresponse_type
em conjunto com o valorjwt
para o atributoresponse_mode
; - não deve permitir o recurso de rotação de
refresh tokens
.
O Servidor de Autorização deve suportar as disposições especificadas na cláusula 5.2.2.1 de [Financial-grade API Security Profile 1.0 - Parte 2: Advanced] [FAPI-1-Advanced]
Além disso, se o valor response_type
code id_token
for usado, o servidor de autorização:
- não deveria retornar Informação de Identificação Pessoal (PII) confidenciais no token de ID na resposta de autorização, mas se for necessário, então ele deve criptografar o token de ID.
Este perfil define "cpf" como uma nova claim
padrão de acordo com cláusula 5.1 [OIDC]
O número do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas, [sepeˈɛfi]; português para "Registro de Pessoas Físicas") é o cadastro de pessoa física brasileira. Este número é atribuído pela Receita Federal Brasileira para brasileiros e estrangeiros residentes que, direta ou indiretamente, pagar impostos no Brasil.
No modelo de identidade do Open Banking Brasil, o cpf é uma string composta por números 11 caracteres de comprimento e podem começar com 0.
Se a Claim cpf for solicitada como essencial para constar no ID token ou na resposta ao endpoint de UserInfo e na solicitação constar no parâmetro value
com determinado CPF exigido, o Authorization Server DEVE retornar no atributo cpf o valor que corresponda ao da solicitação.
Se a Claim cpf for solicitada como essencial para constar no ID Token ou na resposta no endpoint de UserInfo, o Authorization Server deve retornar no atributo cpf o valor com o CPF do usuário autenticado.
Se a Claim cpf indicada como essencial não puder ser preenchida ou não for compatível com o requisito, o Authorization Server deve tratar a solicitação como uma tentativa de autenticação com falha.
Nome: cpf, Tipo: String, Regex: '^\d{11}$'
Este perfil define "cnpj" como uma nova reivindicação padrão de acordo com cláusula 5.1 [OIDC]
CNPJ, abreviação de Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, é um número de identificação de empresas brasileiras emitidas pelo Ministério da Fazenda brasileira, na "Secretaria da Receita Federal" ou "Ministério da Fazenda" do Brasil. No modelo de identidade do Open Banking Brasil, pessoas físicas podem se associar a 0 ou mais CNPJs. Um CNPJ é uma string que consiste em números de 14 dígitos e pode começar com 0, os primeiros oito dígitos identificam a empresa, os quatro dígitos após a barra identificam a filial ou subsidiária ("0001" padrão para a sede), e os dois últimos são dígitos de soma de verificação. Para este perfil, o pedido de cnpj deve ser solicitado e fornecido como o número de 14 dígitos.
Se a Claim cnpj for solicitada como essencial para constar no ID Token ou na resposta ao endpoint UserInfo e na solicitação constar, no parâmetro value
, determinado CNPJ exigido, o Authorization Server DEVE retornar no atributo cnpj um conjunto de CNPJs relacionado com o usuário, um dos quais deve incluir valor que corresponda ao da solicitação.
Se a Claim cnpj for solicitada como essencial para constar no ID Token ou na resposta ao endpoint UserInfo, o Authorization Server deve incluir no ID Token ou na resposta ao endpoint UserInfo um conjunto que inclua um elemento com o número do CNPJ relacionado à conta utilizada na autenticação do usuário.
Se a Claim cnpj indicada como essencial não puder ser preenchida ou validada, o Authorization Server deve tratar a solicitação como uma tentativa de autenticação com falha.
Nome: cnpj, Tipo: Array of Strings, Array Element Regex: '^\d{14}$'
Solicitando o "urn:brasil:openbanking:loa2" ou "urn:brasil:openbanking:loa3" Solicitação de contexto de autenticação {#loa}
- LoA2: mecanismo de autenticação com a adoção de um único fator
- LoA3: mecanismo de autenticação com múltiplos fatores de autenticação
A seguinte orientação deve ser observada para o mecanismo de autenticação:
- De acordo com o Art. 17 da Resolução Conjunta nº 01, as instituições devem adotar procedimentos e controles para autenticação de cliente compatíveis com os aplicáveis ao acesso a seus canais de atendimento eletrônicos.
- Em observância à regulação em vigor, sugere-se que:
- Para a autenticação do usuário em autorizações de acessos às APIs de compartilhamento de dados (Fase 2), os Authorization Servers deveriam adotar, no mínimo, método compatível com
LoA2
; e - Para a autenticação do usuário em autorizações de acessos às API´s das fases subsequentes, os Authorization Servers deveriam adotar método de autenticação compatível com
LoA3
ou superior.
- Para a autenticação do usuário em autorizações de acessos às APIs de compartilhamento de dados (Fase 2), os Authorization Servers deveriam adotar, no mínimo, método compatível com
Em todos os casos, a adoção de mecanismo de autenticação mais rigoroso (LoA3
ou superior) fica a critério da instituição transmissora ou detentora de conta, de acordo com sua avaliação de riscos e de forma compatível com os mecanismos habitualmente utilizados.
Esclarecimentos adicionais sobre fatores de autenticação
São fatores de autenticação:
- Aquilo que você conhece, como uma senha ou frase secreta
- Aquilo que você tem, como um token, smartcard ou dispositivo
- Aquilo que "você é", ou seja, autenticação condicionada a apresentação de uma característica física exclusivamente sua, como a validação por biometria
Para realizar autenticação por múltiplos fatores (MFA) é necessário que o usuário apresente, ao menos, dois diferentes fatores dos listados acima. Um mesmo fator usado mais de uma vez - por exemplo, a apresentação de suas senhas que ele conhece - não pode ser aceito como MFA.
Um cliente confidencial deve apoiar as disposições especificadas na cláusula 5.2.3 de [Financial-grade API Security Profile 1.0 - Part 2: Advanced][FAPI-1-Advanced],
Além disso, o cliente confidencial
- deve suportar objetos de solicitação encrypted;
- deve suportar solicitações de autorização push (pushed authorization requests) [PAR];
- deve usar objetos de solicitação encrypted se não usar [PAR];
- deve suportar o escopo de recurso OAuth 2.0 parametrizado consent conforme definido na cláusula 6.3.1 [OIDF FAPI WG Lodging Intent Pattern][LIWP];
- deve suportar
refresh tokens
; - não deve incluir um valor específico na claim
acr
; - deve definir a claim
acr
como essential; - deve suportar todos os métodos de autenticação especificados no item 14 da seção 5.2.2 da [Financial-grade API Security Profile 1.0 - Part 2: Advanced][FAPI-1-Advanced] incluindo as diferentes combinações de métodos de encaminhamento dos Requests Objects (usando ou não [PAR] - item 11);
- não deve permitir o recurso de rotação de
refresh tokens
.
Os participantes devem apoiar todas as considerações de segurança especificadas na cláusula 8 [Financial-grade API Security Profile 1.0 - Parte 2: Advanced] [FAPI-1-Advanced] e o [Manual de Segurança de Banco Central do Brasil] (https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/exibenormativo?tipo=Instru%C3%A7%C3%A3o%20Normativa%20BCB&numero=134). O ICP brasileiro emite certificados RSA x509 somente, portanto, para simplificar, a seção remove o suporte para algoritmos EC e exige que apenas algoritmos de criptografia recomendados pela IANA sejam usados.
-
Para garantir a integridade e o não-repúdio das informações tramitadas em API´s sensíveis e que indicam essa necessidade na sua documentação, deve ser adotado a estrutura no padrão JWS definida na [RFC7515] e que inclui:
- Cabeçalho (JSON Object Signing and Encryption – JOSE Header), onde se define o algoritmo utilizado e inclui informações sobre a chave pública ou certificado que podem ser utilizadas para validar a assinatura;
- Payload (JWS Payload): conteúdo propriamente dito e detalhado na especificação da API;
- Assinatura digital (JWS Signature): assinatura digital, realizada conforme parâmetros do cabeçalho.
-
Cada elemento acima deve ser codificado utilizando o padrão Base64url RFC4648 e, feito isso, os elementos devem ser concatenados com “.” (método JWS Compact Serialization, conforme definido na [RFC7515]).
-
O payload das mensagens (requisição JWT e resposta JWT) assinadas devem incluir as seguintes
claims
presentes na [RFC7519] (JWT):- aud (na requisição JWT): o Provedor do Recurso (p. ex. a instituição detentora da conta) deverá validar se o valor do campo aud coincide com o endpoint sendo acionado;
- aud (na resposta JWT): o cliente da API (p. e. instituição iniciadora) deverá validar se o valor do campo aud coincide com o seu próprio
organisationId
listado no diretório; - iss (na requisição JWT e na resposta JWT): o receptor da mensagem deverá validar se o valor do campo iss coincide com o
organisationId
do emissor; - jti (na requisição JWT e na resposta JWT): o valor do campo jti deverá ser preenchido com o UUID definido pela instituição de acordo com a [RFC4122] usando o versão 4;
- iat (na requisição JWT e na resposta JWT): o valor do campo iat deverá ser preenchido com horário da geração da mensagem e de acordo com o padrão estabelecido na RFC7519 para o formato NumericDate.
-
O content-type HTTP das requisições e respostas com mensagens JWS deve ser definido como: "application/jwt".
-
No cabeçalho JOSE deve constar os seguintes atributos:
- alg - deve ser preenchido com o valor
PS256
"; - kid - deve ser obrigatoriamente preenchido com o valor do identificador da chave utilizado para a assinatura;
- typ - deve ser preenchido com o valor
JWT
.
- alg - deve ser preenchido com o valor
- Em caso de erro na validação da assinatura pelo
Provedor do Recurso
a API deve retornar mensagem de erro HTTP comstatus code
400 e a resposta deve incluir na propriedadecode
do objeto de resposta de erro especificado na API (ResponseError
) a indicação da falha com o conteúdoBAD_SIGNATURE
. - Erros na validação da mensagem recebida pela aplicação cliente (p. ex. iniciador de pagamento) devem ser registrados e o
Provedor do Recurso
(p. ex. instituição detentora de conta) deve ser notificado.
-
O receptor deve validar a consistência da assinatura digital da mensagem JWS exclusivamente com base nas informações obtidas do diretório, ou seja, com base nas chaves publicadas no JWKS da instituição no diretório.
-
As assinaturas devem ser realizadas com uso do certificado digital de assinatura especificado no Padrão de Certificados Open Banking Brasil;
-
A claim iat deve ser numérica no formato Unix Time GMT+0 com tolerância de +/- 60 segundos;
-
A claim do jti deve ser única para um clientId dentro de um intervalo de tempo de 86.400 segundos (24h), não podendo ser reutilizada neste período. Em caso de reutilização, deverá ser retornado o código de erro HTTP 403;
Para JWS, clientes e servidores de autorização
- devem usar o algoritmo PS256;
Para JWE, clientes e servidores de autorização
- devem usar RSA-OAEP com A256GCM
Para TLS, endpoints do Servidor de Autenticação e endpoints do Servidor de Recursos usados diretamente pelo cliente:
- devem suportar
TLS_ECDHE_RSA_WITH_AES_128_GCM_SHA256
- devem suportar
TLS_ECDHE_RSA_WITH_AES_256_GCM_SHA384
- As funcionalidades "TLS Session Resumption" e "TLS Renegotiation" devem ser desabilitadas
Os mecanismos existentes para gerenciar adequadamente o acesso aos recursos definidos em [RFC6749] são insuficientes para atender aos requisitos de um ecossistema de compartilhamento de dados moderno. Aproveitar strings de escopo estático não fornece aos consumidores controle de granularidade suficiente para compartilhar com terceiros. O Open Banking Brasil optou por implementar uma API de consentimento como um recurso protegido OAuth 2.0 que pode ser usado para gerenciar o acesso granular aos recursos. A referência ao recurso de consentimento será transmitida como parte de um escopo de recurso dinâmico OAuth 2.0.
Este perfil define o escopo dinâmico do OAuth 2.0 "consentimento" da seguinte maneira:
- string 'consent'; e
- delimitador de dois pontos ":"; e
- Consent API REST Resource Id retornado por uma criação bem-sucedida de Open Banking Consent Resource;
Adicionalmente:
- Consent Resource Id deve incluir caracteres seguros para url;
- Consent Resource Id deve ser "namespaced";
- Consent Resource Id deve ter propriedades de um
nonce
Nonce;
consent:urn:bancoex:C1DD33123
consent:urn:bancoex:C1DD33123
O recurso de consentimento tem um ciclo de vida gerenciado separada e distintamente da estrutura de autorização OAuth 2.0. As transições de estado e comportamentos esperados e condições de erro esperados dos Recursos REST protegidos com este perfil são definidos nas especificações funcionais da API publicadas pelo Open Banking Brasil.
Além dos requisitos descritos nas disposições de segurança do Open Banking Brasil, o Servidor de Autorização
- deve apenas emitir refresh_tokens quando vinculados a um consentimento ativo e válido;
- só deve compartilhar o acesso aos recursos quando apresentado access_token vinculado a um consentimento ativo e válido;
- deve revogar os refresh tokens e, quando aplicável, os access tokens quando o Consentimento (Consent Resource) relacionado for apagado;
- deve garantir que os access tokens são emitidos com os scopes necessários para permitir acesso aos dados especificados em elemento Permission do Consentimento (Consent Resource Object) relacionado;
- não deve rejeitar pedido de autorização com scopes além do necessário para permitir acesso a dados definidos em elemento Permission do Consentimento (Consent Resource Object) relacionado;
- pode reduzir o escopo solicitado para um nível que seja suficiente para permitir o acesso aos dados definidos em elemento Permission do Consentimento (Consent Resource Object) relacionado;
- deve manter registros sobre o histórico dos consentimento para permitir a adequada formação de trilhas de auditoria em conformidade com a regulação em vigor;
- deve retornar falha na autenticação e o código de retorno access_denied no parâmetro erro (como especificado na seção 4.1.2.1 da [RFC6749]) caso o CPF do usuário autenticado não seja o mesmo indicado no elemento loggedUser do Consentimento (Consent Resource Object);
- deve retornar falha na autenticação e o código de retorno access_denied no parâmetro erro (como especificado na seção 4.1.2.1 da [RFC6749]) caso o elemento businessEntity não tenha sido preenchido no Consentimento (Consent Resource Object) relacionado e o usuário tenha selecionado ou se autenticado por meio de credencial relacionada à conta do tipo Pessoa Jurídica (PJ);
- deve condicionar a autenticação ou seleção de contas do tipo PJ à consistência entre o CNPJ relacionado à(s) conta(s) e o valor presente no elemento businessEntity do Consentimento (Consent Resource Object). Em caso de divergência deve retornar falha na autenticação e o código de retorno access_denied no parâmetro erro (como especificado na seção 4.1.2.1 da [RFC6749]);
- deve emitir refresh_token com validade não inferior à validade do consentimento ao qual está relacionado, respeitado os demais critérios acima.
Além dos requisitos descritos nas disposições de segurança do Open Banking Brasil, o Cliente Confidencial
- deve, sempre que possível, revogar e cessar o uso de refresh e de access tokens vinculados a um consentimento (Consent Resource Object) que foi excluído;
- deve excluir consentimentos (Consent Resource Objects) que estão expirados;
Agradecemos a todos que estabeleceram as bases para o compartilhamento seguro e seguro de dados por meio da formação do Grupo de Trabalho FAPI da OpenID Foundation, o GT de Segurança do Open Banking Brasil e aos pioneiros que ficarão em seus ombros.
As seguintes pessoas contribuíram para este documento:
- Ralph Bragg (Raidiam)
- Joseph Heenan (Authlete)
- Alexandre Siqueira (Mercado Pago)
- Marcos Rodrigues (Itaú)
- Mário Ginglass (BNDES)
{backmatter}
Copyright (c) 2021 Estrutura Inicial do Open Banking Brasil
A Estrutura Inicial do Open Banking Brasil (EIOBB) concede a qualquer Colaborador, desenvolvedor, implementador ou outra parte interessada uma licença de direitos autorais mundial não exclusiva, livre de royalties para reproduzir, preparar trabalhos derivados, distribuir, executar e exibir, estes Implementadores Rascunho ou Especificação Final exclusivamente para fins de (i) desenvolver especificações e (ii) implementar Rascunhos de Implementadores e Especificações Finais com base em tais documentos, desde que a atribuição seja feita ao EIOBB como a fonte do material, mas que tal atribuição o faça não indica endosso do EIOBB.
A tecnologia descrita nesta especificação foi disponibilizada a partir de contribuições de várias fontes, incluindo membros da OpenID Foundation, do Grupo de Trabalho de Segurança do Open Banking Brasil e outros. Embora a Estrutura Inicial do Open Banking Brasil tenha tomado medidas para ajudar a garantir que a tecnologia esteja disponível para distribuição, ela não toma posição quanto à validade ou escopo de qualquer propriedade intelectual ou outros direitos que possam ser reivindicados como pertencentes à implementação ou uso do tecnologia descrita nesta especificação ou até que ponto qualquer licença sob tais direitos pode ou não estar disponível; nem representa que fez qualquer esforço independente para identificar tais direitos. A Estrutura Inicial do Open Banking Brasil e os contribuidores desta especificação não oferecem (e por meio deste expressamente se isentam de quaisquer) garantias (expressas, implícitas ou de outra forma), incluindo garantias implícitas de comercialização, não violação, adequação a uma finalidade específica ou título, relacionados a esta especificação, e todo o risco quanto à implementação desta especificação é assumido pelo implementador. A política de Direitos de Propriedade Intelectual do Open Banking Brasil exige que os contribuidores ofereçam uma promessa de patente de não fazer valer certas reivindicações de patentes contra outros contribuidores e implementadores. A Estrutura Inicial do Open Banking Brasil convida qualquer parte interessada a trazer à sua atenção quaisquer direitos autorais, patentes, pedidos de patentes ou outros direitos de propriedade que possam abranger a tecnologia que possa ser necessária para praticar esta especificação.