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title: "Programação"
author: "Jônatan Tatsch"
date: "`r format(Sys.Date(), format = '%d-%m-%Y')`"
output:
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#code_folding: show
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---
```{r Chunk0, comment="",prompt=FALSE, echo=FALSE, eval=TRUE, error=TRUE,highlight=TRUE,message=FALSE,warning=FALSE, results='hide'}
rm(list=ls())
# definindo globalmente tz = "GMT"
#Sys.setenv(TZ = 'GMT')
# data manipulation packages
pcks <- c("knitr", "knitcitations", "pander", "htmlTable")
invisible(sapply(pcks, require, character.only = TRUE, quietly = TRUE))
# configuraçoes knitr
opts_chunk$set(cache = FALSE, fig.path = "figs/")
```
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![](figs/adar.png)
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# Introdução
O Código de uma linguagem de programação mais do que servir para comunicar-se com o computador é uma ferramenta de comunicação com outras pessoas. Em geral seu projeto pode ser colaborativo e mesmo se você não trabalha com outras pessoas você estará trabalhando consigo mesmo no futuro.
Então escrever códigos de maneira clara é importante para você e para quem for usar o seu código. Assim você e alguém que for usar seu código não terá que gastar todo tempo que você investiu fazendo aquilo par entendê-lo.
# Função()
Quando repetimos um mesmo código várias vezes e alteramos os valores de algumas variáveis para obter um resultado diferente a partir de novos valores das variáveis, provavelmente é hora de convertermos esse código para uma função.
Em programação é sempre uma boa prática evitar a repetição onde possível. Há pelo menos 2 razões para isso:
- legibilidade do código e
- facilidade de uso
Funções são o alicerce do R. Um conhecimento básico sobre funções os ajudará a evoluir na programação em R. Função é uma classe de objeto do R denominada `function`, assim como `data frame`, `matrizes` e `vetores` são objetos.
```{r Chunk1, message=FALSE, comment="",prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
x <- 1:10
sum(x)
class(sum)
is.function(sum)
```
Os tipos objetos que vimos até agora serviam geralmente para armazenar dados. Uma `function`, entretanto, permite fazermos coisas com os dados. Mais do que nomes, **funções são "verbos" ou seja ações**.
Para criarmos funções usamos a função `function()` que pode ser seguida de um par de colchetes `{}`, assumindo a seguinte sintaxe de criação:
nome_funcao <- function(argumento) {
expressões
}
# Elementos de uma funçao
Uma função tem 3 partes básicas:
+ **nome**
+ **corpo da função**
+ **argumentos**
Um exemplo simplório de uma função que adiciona 1 a um dado valor é
```{r Chunk2, message=FALSE, comment="",prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
## criando uma função
soma1 <- function(x) {
return(x + 1)
}
## para ver o código da função, digite o nome dela
soma1
## avaliando a função f para o argumento x = 2
soma1(x = 2)
soma1(1:5)
```
Vamos acessar os elementos da função `soma1()`:
```{r Chunk4, message=FALSE, comment="",prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
formals(soma1)
args(soma1)
names(formals(soma1))
body(soma1)
```
No exemplo acima criamos a função `soma1()` para adicionar 1 a qualquer valor que seja atribuído ao argumento x.
No lado direito, há dois argumentos: o primeiro é o `x` e o segundo é o corpo da função `return(x+1)` que deve ser uma expressão.
Quando a função tem apenas uma expressão do direito os colchetes podem ser omitidos. Mas para adquirirmos bons hábitos de programação eles são recomendados.
A função `return()` também poderia ser omitida pois dentro da função a última expressão no corpo da função seria retornada. Entretanto dentro do corpo da função a função `return()` tem prioridade, como no exemplo a seguir.
```{r Chunk5, message=FALSE, comment="",prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
# criando uma função
mais_1 <- function(x) x + 1
# para ver o código da função, digite o nome dela
mais_1
# avaliando a função f para o argumento x = 2
mais_1(x = 2)
mais_1(1:5)
# Ultima função será retornada
plus_one <- function(x){
x - 1
x + 1
}
plus_one(x = 3)
# return()
plus_1 <- function(x){
return((x+1)^2)
x - 1
x + 1
}
plus_1(x = 3)
```
Note que os resultados da função `mais_1` são idênticos aos da `soma1()`.
# Argumentos de funções
## Argumentos pré-definidos
Uma função pode ter valores pré-definidos para seus argumentos.
```{r Chunk6, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
soma_cte <- function(x = 3, k = 1){
return(x + k)
}
soma_cte()
soma_cte(x = 3)
soma_cte(x = 4)
soma_cte(x = 5, k = 2)
soma_cte(x = 1:5, k = 5:1)
```
## Múltiplos argumentos
Uma função pode ter múltiplos argumentos.
```{r Chunk7, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
pitagoras <- function(x, y){
return(sqrt(x^2 + y^2))
}
pitagoras(x = 3, y = 4)
pitagoras(x = 24, y = 7)
# argumentos explícitos, ordem pode ser trocada
pitagoras(y = 24, x = 7)
# sem nome dps argumentos, os valores devem seguir a ordem dos argumentos na função
pitagoras(24, 7)
```
## Argumentos faltantes
Uma função pode ser usada por outras funções e pode não ter argumentos.
```{r Chunk8, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE, error=TRUE}
# para reprodutiblidade
set.seed(123)
joga_moeda <- function() {
sorteio <- sample(1:2, size = 1)
result <- ifelse(sorteio == 1, "cara", "coroa")
return(result)
}
# note que as variáveis sorteio e result não foram criadas
sorteio
result
ls()
```
Note que apesar de criarmos dentro da função as variáveis `sorteio` e `result` elas não foram criadas em nosso ambiente de trabalho. As atribuições feitas dentro da função são locais e temporárias, sendo perdidas após sair da função.
Vamos avaliar a função `joga_moeda()` várias vezes e depois usar a função replicate para repetir a aplicação da função quantas vezes forem necessárias, sem termos que digitarmos a função `joga_moeda()`.
```{r Chunk81, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE, error=TRUE}
# avaliando a função joga_moeda
joga_moeda()
joga_moeda()
joga_moeda()
joga_moeda()
# função para jogar n vezes
lancamentos <- function(k = 100){
replicate(n = k, joga_moeda())
}
lancamentos()
```
## Argumentos Extras
O R oferece um operador especial que permite funções assumirem um número arbitrário de argumentos que não precisam ser especificados na definição da função. Este argumento é os 3 pontos `(...)`. Esse argumento deve ser usado com muito cuidado, embora forneça grande flexibilidade.
Vamos ver como absorver argumentos extras; depois vamos encontrar um uso para isso quando passarmos argumentos entre funções.
```{r Chunk9, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE, error=TRUE}
my_plot <- function(..., pch = 20, col = 2) plot(..., pch = pch, col = col)
my_plot(1:10, lwd = 3, type = "o")
```
Vamos ver outro exemplo de uso do `...`, em que criamos uma função para montar a frase:
**Olá nome_1 nome_2 nome_n**
onde `nome_1` é o primeiro argumento da função, `nome_2` é o segundo e `nome_n` é o e-nésimo argumento. Portanto a função que construirá a frase terá vários argumentos. Podemos usar os `...` para representar esses `n` argumentos.
```{r Chunk10, message=TRUE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE, error=TRUE}
ola_pessoal <- function(nome_1, nome_2 = "Beltrano", ...) {
# número de argumentos extras
extra_args <- list(...)
# tamanho da lista extra_args
len_extra_args <- length(extra_args)
# mensagem de aviso
message(len_extra_args, " argumento(s) extra(s)")
# juntando argumentos extras em uma única string
nomes_extras <- paste(unlist(extra_args), collapse = " ")
# resultado: cola "Olá" com todos nomes
res <- paste("Olá", nome_1, nome_2, nomes_extras)
return(res)
} # end fun ola_pessoal
# chamando função com um argumento extra não definido explicitamente
ola_pessoal("Fulano", arg_extra = "Ciclano")
# chamando função com vários argumentos
ola_pessoal(nome1 = "Fulano", nome2 = "Beltrano", "Ciclano", "Zulano")
```
# Passando Funções para (e de) outras funções
Suponha que tenhamos uma lista de argumentos de uma função:
```{r Chunk11, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
args_l <- list(1:10, na.rm = TRUE)
args_l
```
Como aplicar a função `mean()` a essa lista? Usando a função `do.call()`:
```{r Chunk12, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
mean(args_l)
do.call(what = mean, args = args_l)
```
Um outro exemplo:
```{r Chunk13, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
do.call(pitagoras, list(x = 3,y = 4))
# mesmo que
pitagoras(3, 4)
```
Suponha que tenhamos lidos dados de diferentes arquivos e os aramazenado em uma lista.
```{r Chunk14, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
(dfr1 <-data.frame(x = 1:5,y = rnorm(5)))
(dfr2 <-data.frame(x = 6:10,y = rnorm(5)))
(dfr3 <-data.frame(x = 11:15,y = rnorm(5)))
# lista com dados
data_l <- list(dfr1, dfr2, dfr3)
do.call(rbind, data_l)
# mesmo que
rbind(dfr1, dfr2, dfr3)
```
## Funções anônimas
Nós podemos também usar funções anônimas:
```{r Chunk15, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
x_mais_y <- function(x, y) x + y
do.call(x_mais_y, list(1:5, 5:1))
# mesmo que
do.call(function(x,y) x + y, list(1:5, 5:1))
```
No exemplo acima a função `function(x,y) x + y` não tem nome e foi criada dinâmicamente na hora de execução da expressão na linha de comando.
## Funções que geram funções
Funções que retornam funções são raras, mas não menos válidas por isso. A função `ecdf()` retorna a função de distribuição empírica acumulada de um vetor, conforme a Figura abaixo:
```{r Chunk16, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
set.seed(123)
(emp_cum_dist_fn <-ecdf(rnorm(50)))
# CDF Empírica
# Call: ecdf(rnorm(50))
# x[1:50] = -2.2, -2.1, -2, ..., 1.9, 2.6
is.function(emp_cum_dist_fn)
# [1] TRUEwith(a, plot(mfX, mfVals, type = "l"))
plot(emp_cum_dist_fn)
emp_cum_dist_fn(v = 1) # 86% dos dados estão abaixo de 1
emp_cum_dist_fn(v = 0)
```
# Chamada de funções
Na linha de comando do R geralmente digitamos `dois_num <- c(3, 4)` e pressionamos <enter> para o interpretador do R traduzir a expressão na seguinte chamada:
```{r Chunk17, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
# atribuição usual
dois_num <- c(3, 4)
dois_num
# atribuição de forma funcional
`<-`(dois_num, c(5, 6))
dois_num
4 + 5
# + é uma função
`+`(4, 5)
is.function(`+`)
# avaliar uma expressão a partir de uma string
cmd <- "1 + 2 + 3 + 4 + 5"
eval(parse(text = cmd))
a <- eval(parse(text = cmd))
get("a")
eval(parse(text = "args_l[[1]]"))
```
# Estruturas de controle
O código R em um script é executado sequencialmente de cima para baixo. Mas as vezes queremos executar **instruções** repetidamente ou somente quando algumas condições são atendidas. É para isso que servem as estruturas de controle. O R possui as estruturas de controle padrões das linguagens de programação modernas.
## Instruções condicionais
### if-else
Instruções condicionais tem a seguinte forma:
if (condição) expressão
ou, alternativamente:
if (condição) {
expressões_condição_verdadeira
} else {
expressões_condição_falsa
}
Como exemplo vamos supor que nós queremos garantir que um número seja positivo:
```{r Chunk18, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
# se num < 0 é verdadeiro, multiplicamos num por -1 para num virar positivo
num <- -2
if (num < 0) {
num <- -num
}
num
## se num < 0 é false num permanecerá com seu valor original
num <- 4
if (num < 0) {
num <- -num
}
num
typeof(`if`)
```
A condição de um `if` deve avaliar um único TRUE ou FALSE.
Se a condição cria um vetor de TRUEs ou de FALSEs, será impresso uma mensagem de aviso e somente o primeiro elemento do vetor será usado.
Expressões lógicas podem consensadas em um único TRUE ou FALSE através, por exemplo das funções, `any()` e `all()`, já vistas anteriormente.
```{r Chunk19, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
x <- c(1, NA, 4)
if (is.na(x)) cat("há dado faltante \n")
if (any(is.na(x))) cat("Há pelo menos um dado faltante. \n")
```
O próximo passo é incluir a instrução `else`. O Código que segue o `else` é executado se a condição do `if` for FALSE.
Vamos fazer um exemplo de arredondamento com `if-else`.
```{r Chunk20, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
a <- 3.14
if (a - trunc(a) >= 0.5) {
# arredonda para cima
a <- trunc(a) + 1
} else {
# arredonda para o interiro mais próximo
a <- trunc(a)
}
a
```
Se a situação tem mais de dois casos, podemos usar mais `if-else` juntos adicionando outros `if-else`.
Por exemplo:
```{r Chunk21, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
a <- 1
b <- 1
if (a > b) {
print("A ganha")
} else {
if (a < b) {
print("B ganha")
} else {
print("Empate")
}
}
```
Lembre-se que avaliar condições para um vetor usamos a função `ifelse()`.
```{r Chunk22, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
prec <- c(0, 0, 10, 5.5, 1, 0, 0, 0.4)
ifelse(prec > 0, "úmido", "seco")
```
### Estilos de if
O uso de chaves `{` é opcional para `if` e funções em geral, mas é altamente recomendável seu uso, pois torna mais fácil a compreensão da hierarquia do código.
Uma `{` aberta deve sempre ser aberta em uma linha e a `}` deve ser fechada em uma nova linha, exceto se elea for seguida de um `else`. Sempre idente o código dentro das chaves.
```{r , message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE, error=TRUE}
y <- -1; depura <- TRUE
# Bom
if (y < 0 && depura) {
message("Y is negative")
}
if (y == 0) {
log(x)
} else {
y ^ x
}
```
```{r , message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE, error=TRUE}
# Ruim
if (y < 0 && depura)
message("Y is negative")
if (y == 0) {
log(x)
}
else {
y ^ x
}
```
```{r , message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE, error=TRUE}
y <- 10
x <- if (y < 20) "Muito baixo" else "Muito alto"
# recomendado
if (y < 20) {
x <- "Muito baixo"
} else {
x <- "Muito alto"
}
```
### switch
Códigos com muitos `if-else` tornam-se difíceis de entender e lentos.
Em tais casos uma opção mais versátil é usar a função `switch()`.
O uso mais comum pega o primeiro argumento uma expressão que retorna uma string, seguida por diversos argumentos com nome definido que fornecem resultados quando o nome está de acordo com o primeiro argumento da função. Os nomes devem concordar exatamente com o primeiro argumento e podemos executar múltiplas expressões usando as chaves:
```{r Chunk221, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
mostra_data <- function(data, tipo = c("curto","longo")){
switch(tipo,
longo = format(data, "%A %d %B %Y"),
medio = format(data, "%d %m %Y"),
curto = format(data, "%b %m"),
cat(tipo, "não é um tipo reconhecido \n")
)
}
hoje <- Sys.time()
hoje
mostra_data(data = hoje, tipo = "curto")
mostra_data(data = hoje, tipo = "medio")
mostra_data(data = hoje, tipo = "longo")
mostra_data(data = hoje, tipo = "qualquer")
```
Exemplo de uma função versátil com o uso da switch().
```{r , message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
aritmetica <-
function(x, y, op) {
switch(op,
plus = x + y,
minus = x - y,
times = x * y,
divide = x / y,
stop("Unknown op!")
)
}
```
> Exercício: Crie uma função para definir o número de dias do mês de acordo com o mês do ano.
```{r , message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=FALSE, eval=FALSE}
days_in_month <- function(mes, ano){
switch(mes,
"1" = 31,
"2" = ifelse(ano %% 4 == 0, 29, 28),
"3" = 31,
"4" = 30,
"5" = 31,
"6" = 30,
"7" = 31,
"8" = 31,
"9" = 30,
"10" = 31,
"11" = 30,
"12" = 31,
NA)
}
days_in_month("3", 2004)
```
## Laços ou *loopings*
Há três formas de fazer laços no R.
### `repeat()`
A mais simples é com a função `repeat()`, a qual simplesmente repete uma dada expressão.
repeat instrução
Para parar a repetição da instrução usamos a função `break`. Para pular para próxima iteração em um laço usamos a função `next`.
Por exemplo, o código abaixo imprime na tela valores múltiplos de 5 até 25:
```{r Chunk23, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
i <- 0
repeat {
if (i > 25) {
break
} else {
print(i)
i <- i + 5
} # end if
}# end repeat
```
### `while()`
Se não incluíssemos a função break, o código seria um lopping infinito. Isto pode ser útil para criar uma aplicação interativa.
Outra função útil é a `while()`, que repete uma instrução enquanto a condição é verdadeira:
while (condição) expressão
Como exemplo vamos reescrever o exemplo anterior usando o laço `while`:
```{r Chunk24, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
i <- 5
while (i <= 25) { print(i); i <- i + 5 }
```
### `for()`
Finalmente, o R fornece a função `for` para laços, que itera através de cada item em um vetor (ou lista):
for (índice in vetor) expressão
```{r Chunk25, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
for (i in seq(from = 5, to = 25, by = 5)) print(i)
```
Podemos usar as funções `break` e `next` também dentro de laços. Existem duas propriedades importantes sobre laços que devem ser lembradas:
1. os resultados não são impressos dentro do laço execeto se chamamos a função print explicitamente:
```{r Chunk26, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
for (i in seq(from = 5,to = 25,by = 5)) i
```
2. A variável `índice` que é definida no laço `for` é modificada no ambiente da função chamada:
```{r Chunk27, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
i <- 1
for (i in seq(from = 5, to = 25, by = 5)) i
i
typeof(`for`)
```
Como instruções condicionais as funções de laço `repeat`, `while()`, e `for` são um tipo especial, porque as expressões não são necessariamente avaliadas.
```{r Chunk28, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
ini <- 0
fim <- 25
x <- rep(NA, 25)
for (i in seq(from = ini, to = fim, by = 5)) x[i] <- i
x
## gerando vetor binário de chuva com for
estado <- vector(mode = "numeric", length = length(prec))
estado
for (i in seq(along = prec)) if(prec[i] > 0) estado[i] <- "úmido" else estado[i] <- "seco"
estado
ifelse(prec > 0, "úmido", "seco")
```
### Importância da inicialização em laços
Cada linha de código dentro do laço será rodada em cada iteração do laço. Portanto a velocidade do laço aumenta quando tiramos partes do código que podem ficar fora do laço.
Segundo, certifique-se de que o objeto usado no laço é grande o suficiente para conter os resultados do laço. Por exemplo, ambos laços abaxo precisarão armazenar 10^4^ linhas. O primeiro armazena seus valores em um objeto chamado `saida` que começa com tamanho de 10^4^ elementos.
```{r Chunk29, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
# Laço 1
nmax <- 10000
system.time(
{
saida1 <- NULL
for (i in 1:nmax) {
ii <- i + 1
saida1 <- c(saida1, ii)
rm(ii, i)
}# end for
}
)
# Laço 2
system.time(
{
saida2 <- NA
for (i in 1:nmax) {
saida2[i] <- i + 1
}# end for
}
)
# Laço 3
system.time(
{
saida3 <- rep(NA, nmax)
for (i in 1:nmax) {
saida3[i] <- i + 1
}# end for
}
)
system.time(soma1(1:nmax))
```
Os três laços fazem a mesma coisa, mas no segundo e terceiro laço o R tem que aumentar o tamanho do vetor de saída por um elemento em cada iteração. Para fazer isso o R tem que encontrar um novo local na memória do computador que possa conter um objeto maior. O R então tem que copiar esse vetor de saída e apagar a versão antiga do vetor de saída antes de ir para próxima iteração do laço. No fim do laço o R reescreveu o vetor saída na memória do computador `r sprintf("%10.1f", nmax)` vezes.
# Aplicando funções a cada elemento de um objeto
Quando manipulamos dados uma operação comum é aplicar uma função a um conjunto de objetos ou partes de um objeto e retornar um novo conjunto de objetos de saída.
O [pacote base do R](https://stat.ethz.ch/R-manual/R-devel/library/base/html/00Index.html) possui um conjunto de funções diferentes para fazer isso, conhecidas como família `*apply`. Onde o asterisco representa as letras `a, l, s, m e v`.
## Aplicando funções a uma `array` ou `matriz`
Para aplicar uma função a partes de uma matriz usamos a função `apply`:
apply(X, MARGIN, FUN, ...)
que aceita pelo menos três argumentos, `X`: a matriz ou *array* , `FUN`: que é a função a ser aplicada e `MARGIN` especifica as dimensões sobre as quais gostaríamos de aplicar a função.
Vamos ver alguns exemplos aplicados a matriz de temperatuas mensais gerada na Unidade sobre **Estrutura de dados do R**.
```{r Chunk30, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
temp_mat <- matrix(c(25, 24.89, 23.2, 23.2, 24.07, 26.61, 22.5, 23.56,
18, 21, 23.11, 23.11, 19, 18.29, 26.8, 17.6, 18.22, 21.3, 18,
16.72, 18.22, 19.7, 19.37, 21.45, 21.3, 20.08, 19.7, 22, 21.45,
22.5, 24, 26.61, 24.07, 26.8, 25.99, 20.08), nrow = 3)
rownames(temp_mat) <- c("ano1990", "ano1991", "ano1992")
colnames(temp_mat) <- c("Jan", "Fev", "Mar", "Abr", "Mai", "Jun", "Jul","Ago", "Set", "Out", "Nov", "Dez")
temp_mat
```
Suponha que houvesse interesse em determinar os entremos de temperatura de cada ano e a média mensal dos três anos.
```{r Chunk31, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
(temp_range <- apply(temp_mat, MARGIN = 1, range))
(temp_med <- apply(temp_mat, MARGIN = 2, mean))
```
Para determinar o número de meses com temperatura do ar acima de 20°C e o número de graus dia acumulados em um ano (considerando essa temperatura como basal) podemos usar as seguintes expressões:
```{r Chunk32, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
## função anônima
(temp_20_ano <- apply(temp_mat, MARGIN = 1, FUN = function(x) sum(x > 20)))
## graus dia acumulado acima de uma temp. basal
gda <- function(x, tbase = 20) sum(x[x >= tbase])
(gd_acc <- apply(temp_mat, 1, gda))
## exemplo usando as duas margens
apply(temp_mat,
MARGIN = 2,
FUN = paste, collapse = ",")
## apply inteligente: se tamanho dos resultados diferem, retorna uma lista
## função anônima para retornar casos de tar > 23
(tar_23 <- apply(temp_mat, MARGIN = 1, FUN = function(x) x[x > 23]))
str(tar_23)
```
## Aplicando funções a uma `list` ou `vector`
Vamos repetir alguns dos laços feitos anteriormente com as funções `repeat()`, `while()` e `for()` usando a função `sapply()`. `sapply`: do termo *simplified apply*. Estrutura de dados simplificadas incluem vetores, matrizes e *arrays* por isso o resultado esperado da aplicação da função `apply()` sobre um objeto é um vetor, matriz ou *array*.
```{r Chunk33, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
## indice sobre o qual o laço será feito
indice <- seq(from = 5, to = 25, by = 5)
## aplica
x <- sapply(X = indice, FUN = function(i) i)
x
```
Vamos ilustrar o uso do sapply sobre um vetor que queremos calcular uma média móvel usando o valor anterior e posterior ao ponto.
```{r Chunk34, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
## indice sobre o qual o laço será feito
(temp <- c(t(temp_mat)))
s <- seq(along.with = temp)
#mm <- sapply(s[-c(1, length(s))],
mm <- sapply(s,
function(i) {
if(i == 1 | i == length(s)) {
res <- NA
} else {
res <- mean(c(temp[(i-1):(i+1)]))
}
return(res)
})
mm
temp_mm <- cbind(temp, mm)
matplot(temp_mm, type = "l", lwd = 2)
```
Para aplicar uma função a cada elemento em um vetor ou uma lista e retornar uma lista podemos usar a função `lapply()`. Uma situação prática de uso do `lapply()` é quando o resultado esperado da aplicação da função a uma parte do objeto pode ter uma saída de tamanhos diferentes em cada iteração do `lapply()`.
Vamos ilustrar essa situação buscando encontrar os meses em cada ano da temp_mat cuja a tar foi acima da média.
```{r Chunk35, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
ta1sd_l <- lapply(1:nrow(temp_mat),
function(irow) {
tmes_ano <- temp_mat[irow, ]
return(tmes_ano[tmes_ano > mean(temp_mat) + sd(temp_mat)])
})
ta1sd_l
```
Também podemos aplicar uma função sobre um *data frame*, e a função será aplicada cada coluna do data frame.
```{r Chunk36, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
d <- data.frame(x = 1:5,y = 6:10)
d
lapply(d, FUN = function(x) 2^x)
lapply(d, FUN = max)
```
Algumas vezes podemos preferir obter como saída um vetor ou uma matriz ao invés de uma lista. Nesse caso usamos a função `sapply()` que retorna um veto ou matriz quando apropriado.
```{r Chunk37, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
sapply(d, FUN = function(x) 2^x)
```
Outra função da família apply é a `mapply()`, a versão “multivariada” da `sapply()`. Por exemplo suponha que você queira criar uma sequência cujo início é fornecido por um vetor e o fim por outro vetor.
```{r Chunk38, message=FALSE, comment="", prompt=FALSE, tidy=FALSE, echo=TRUE, eval=TRUE}
## mapply seq
ini <- 1:10
fim <- 10:1
mapply(seq, from = ini, to = fim)
## mapply paste
mapply(paste,
c(1,2,3,4,5),
c("a","b","c","d","e"),
MoreArgs = list(sep="-")
)
## mapply com pitágoras
mapply(pitagoras, x = 1:10, y = 10:1)
```
<br/>
<p style="font-family: verdana; font-size: 14px; font-style: italic; background: whitesmoke; color: black; line-height: 14px;width: 900px;">Próximo: [Datas](https://rawgit.com/jdtatsch/adar-ufsm/master/8_Datas.html)</p>